Ontem eu fui no cinema para ver aquele filme francês que está passando agora “Intocáveis”. Confesso que apesar das pessoas estarem falando muito bem dele, eu não fui esperando muito. Fiquei pensando com um pré-conceito bem feio: “hummm... filme francês (nada contra cinema europeu, é só porque é uma língua que entendo poucas palavras e isso me irrita um pouco porque não posso perder um só segundo que já não entendo metade do filme), além disso: história real de um tetraplégico e seu cuidador, tá e dai? Essas entre outras coisas que minha mente bem preconceituosa naquele momento ficou pensando... E quando acabou o filme percebi o quanto fui besta de pensar tudo isso. O filme é fantástico, uma lição de vida e o que mais emociona mesmo, é que é uma história real!
A lição que fica para mim é que não podemos olhar apenas a deficiência das pessoas, porque sim, todos nós temos e nem sempre é física. Temos que aprender a ir além, ver que apesar das deficiências, existe uma pessoa que tem sentimentos e quer ser vista como um ser humano normal, porque afinal todos nos temos defeitos, seja físico ou psicológico.
Além disso me fez pensar no que muitas pessoas já me falaram e eu nunca dei muita atenção: é preciso gostar das pessoas pelos seus defeitos e não pelas suas qualidades, porque é claro que é muito fácil gostar de uma carinha bonitinha, um corpinho legal e um jeitinho gente boa de ser, difícil mesmo, é encarar o dia-a-dia, os fantasmas dos outros e pensar: “eu vou conseguir entender isso, não estou aqui para julgar e sim para aprender.”
Outra coisa que fiquei pensando, foi o lance da expectativa, como disse no inicio do post, fui ao cinema sem a menor expectativa de que o filme seria realmente bom, apesar de estarem falando super bem, não me deixei influenciar e fui sem expectativas querendo tirar as minhas próprias conclusões e isso é muito importante, viver sem grandes expectativas quanto ao futuro e viver no presente, acreditando que aquele é o seu melhor e único momento.
"Será necessário deixar o hoje, dia triste, retornar com nostalgia ao passado, lamentar-se de um futuro sem esperança? Não posso nem apreciar o passado nem meu projeto no futuro. Tudo está nesse instante.”
Frase retirada da biografia de Phillipe Pozzo, o tetraplégico da história.
Se ele falou isso, quem somos nós?
É isso pessoal, beijos e até a próxima!
